sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um par (im) perfeito

Ontem eu vi um passarinho amarelo,
Nunca nenhum verde passou por aqui,
Se você me julga, aí sim eu apelo,
Ficar lado a lado me faz resumir:
Não sei se sou eu que não tenho gás,
Ou se é você que me desfaz.

Então me pergunto, como estamos ?
De um lado pro outro feito ciganos.

Quantos defeitos !
Formamos um belo par imperfeito,
E a imperfeição é o nosso direito,
Está tudo perfeito !

Meu par imperfeito é você,
Te escolhi a dedo se quer saber,
Sei que apontar é algo mal educado,
E como sou imperfeito estou perdoado.

Quantos defeitos !
Formamos um belo par imperfeito,
E a imperfeição é o nosso direito,
Está tudo perfeito !

Porque sermos perfeitos ?
Se ambos temos defeitos,
Internos, externos e extremos.
Não somos mais nem menos,
Somos apenas aquilo que queremos.

Quantos defeitos !
Formamos um belo par imperfeito,
E a imperfeição é o nosso direito,
Está tudo perfeito !

A ponte dos feitos é muito estreita,
E a perfeição sempre é imperfeita.

(Compositor: Michel F.M.) ©

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Baú de Valhala

Acenda a fogueira,
Vamos começar,
Noite de Lua cheia,
Iremos cultuar.

Nossos nobres avós
Unem-se a nós,
As cantigas da primavera
Nós vamos cantar.

Para as velhas estórias
Da Baviera, recordar, relembrar.

“Um Jovem rapaz na caverna dos lobos,
Encontrou uma arca na poça dos lodos,
Um tesouro secreto de um grupo seleto,
Que os quatro cantos tentou desbravar.

Antigos piratas de tempos bravios,
Se movendo com fúria
Em imponentes navios.

Deixaram para traz,
Algo que nem o mais sagaz
Poderia tocar.

No fundo de uma grande vala,
Jazia enterrado o Baú de Valhala.

Ele se torna parte de Gaia,
Deixa pra sempre a bela Maia.
Nunca mais irá encontrá-la,
Agora é parte do Baú de Valhala.

Do Pântano à cachoeira,
Se ouve os lamentos da jovem Rendeira,
Que tenta entender porque foi deixada,
Em seu vilarejo foi abandonada.

Esperando no ventre,
Uma surpresa inesperada,
Que a faz contente e assombrada,

Com tantas revelações,
Contra suas convicções.

No crepúsculo relampejou,
As folhas secaram, o rio borbulhou,
Pela ambição acabou dominado,
Serviçal do tesouro amaldiçoado.

As águas do lago
Se tornam ferozes,
Levando-o pra sempre
Em golpes velozes.

Ele se torna parte de Gaia,
Deixa pra sempre a bela Maia.
Nunca mais irá encontrá-la,
Agora é parte do Baú de Valhala.

Se ele pudesse recomeçar,
Jamais ousaria, algum dia deixá-la,
Contudo seu mapa optou por traçar,
A cobiça incessante o aprisionara,
E nunca sairá do Baú de Valhala.”

(Compositor:Michel F.M.) ©

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Psicologia do Amor

Perguntas esquecidas,
Respostas escondidas,
As regras estão perdidas
Na arca da vida.

Alegam não haver um par perfeito,
Dizem que o amor é causa e efeito,
Desacredito em tal conceito,
Tal pleito não aceito.

Uma relação se constrói,
Com dedicação e respeito,
Mas o imprevisto contribui,
Para o que está feito.

E mesmo com todas as teorias,
De uma imperfeição sem fantasias,
Acredito no mito e na magia.

Os Psicólogos nunca vão entender
O que os Poetas entendem,
Os Psicólogos nunca irão compreender
O que os Poetas compreendem,

Os Psicólogos nunca irão saber
Como os Poetas nascem,
Como os Poetas nascem ninguém vai saber.

Negam que as metades se completam,
Pregam que os opostos se afetam,
Mas digo que um dia todos acertam,
A paixão é um vírus bom que se contrai.

O amor na poesia é um relato sério,
Quem lê se contagia e passa a amar,
E logo a desvendar mais um mistério,
O elixir da vida não vai se esgotar.

Mas a dor de perder um amor sincero,
Nenhum remédio faz passar.

Amar é se entregar, sorrir, sofrer, chorar.
Os poetas sabem por experiência,
Que o sentimento é conseqüência,
Dos bons momentos e da carência.

Só sabe amar quem tem paciência,
Os trovadores são magos do coração,
Transformam tristezas em emoção,
E a magia com o maior valor,
É a Psicologia do Amor.

Os Psicólogos nunca vão entender,
O que os Poetas entendem.
Os Psicólogos nunca irão compreender,
O que os Poetas compreendem.

Os Psicólogos nunca irão saber,
Como os Poetas nascem,
Como os Poetas nascem ninguém vai saber.

(Compositor: Michel F.M.) ©

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Filosofando

Tantos problemas
Que a gente têm,
E eles vão discutir
Por um planeta sem lei.

São “N” pessoas alfabetizadas,
São “N” pessoas mais politizadas,
“N” pessoas que assistem TV,
“N” pessoas não tem o que comer.

Entre a filosofia e a luta para viver,
Queimo os livros para me aquecer,
Os poetas não amam vivem para sofrer,
Mas é a poesia que faz o amor nascer.

Tanta fome no mundo,
Tanta corrupção,
Transformaram Plutão
Num planeta anão.

Tanta fome no mundo,
Tanta decepção,
Transformaram Platão
Num profeta pagão.

Filosofia Patrística
Ainda impera,
Mas é tudo estatística
Essa é a nova Era,

Era da informação,
Era do conhecimento,
Pessoa sem ação
Perde o movimento.

Se você não agir
Será ultrapassado,
Se parar de fingir
Será discriminado,

Se espera fugir
O mundo é limitado,
Para algumas pessoas
É um planeta isolado.

Um planeta comum,
Um planeta quadrado,
Um planeta gigante,
Um planeta lotado.

Vivemos amados e odiados,
Deixe que a sua sorte
Se decida nos dados.

Tanta fome no mundo,
Tanta corrupção,
Transformaram Plutão
Num planeta anão.

Tanta fome no mundo,
Tanta decepção,
Transformaram Platão
Num profeta pagão.

Manipulando vidas, vendo enlouquecer,
Sufocando aquilo que viu nascer,
Se desenvolver e enfim crescer,
Para que um dia possa ver morrer.

Quem é que tem esse poder ?
Para tomar essa decisão,
Se eu puder escolher,
Vou me mudar para Plutão.

(Compositor: Michel F.M.) © 2006

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Miragem

Um olhar cativante
Dominou minha mente,
Me tornei um amante,
Decisão incoerente.

Nunca pude te amar,
Pois não tive coragem,
Eu não era um covarde,
Mas ficava à margem,
Sempre soube a verdade,
Você era uma miragem.

Como posso amar
Alguém que não existe ?
Vi em terra e mar
Quem por menos desiste,

Mas vou continuar
Nem que seja uma ilusão,
Porque é melhor ser iludido,
Mas aquecer o coração.

Vi se desfazer na areia,
Desenhos de uma vida inteira.
Não vivo sem amor,
Isso aquece minha vida,

Mas sinto tanta dor,
De uma imagem esquecida.
Você está tão longe,
Do que é real pra mim,
Minha vida é só o hoje,
Nunca quis sofrer assim.

As peças se encaixam,
Quando penso em você,
Percebo nesse jogo,
Que nós dois vamos perder.

Os pólos desencontram,
O pólen faz nascer,
Os opostos se reúnem,
A nuvem faz chover,

Tudo segue uma seqüência,
Pra que possa acontecer,
Mas você não tem paciência,
Pra que eu possa amar você.

Como posso amar
Alguém que não existe ?
Vi em terra e mar
Quem por menos desiste,

Mas vou continuar
Nem que seja uma ilusão,
Porque é melhor ser iludido,
Mas aquecer o coração.

(Compositor: Michel F.M.) © 2006

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Amor é Amável

O amor é simples e admirável,
Complexo e inexplicável,
Fogoso e insaciável.
Pode ser invisível ou palpável,

Mas é com toda a certeza cultivável.
Quando verdadeiro é durável,
Fortalecido é indestrutível, inquebrável,
Se derradeiro mantêm-se infindável,

Mas nunca, jamais, intolerável.
Sentimento fino e agradável,
Nele o respeito deve ser respeitável,
Em sua existência, honrado e louvável,

Dependendo o caso e a ocasião é inadiável.
O amor perfeito é invulnerável,
Não pode tornar-se desagradável,
Ou então degradar-se tornando-se degradável.

Resiste aos trejeitos, a avenida do amor é transitável,
Sempre plausível, nunca vaiável,
Terrível é aquele irrecuperável.
Quando em público é observável,

O amor inconsciente é inimaginável,
E se amamos quem ama a gente fica inseparável,
Prova de amor é inquestionável,
A palavra transcende; é inominável.

Se fosse metal seria inoxidável,
Sendo sincero é insubstituível,
Mas aquele aventureiro é instável.
Quanto mais alto mais intocável,

Se for um presente é irrecusável,
Para todos um dia será irremediável,
Em sua nobre presença indispensável,
O amor é amável.

(Compositor: Michel F.M.) © 2008

domingo, 14 de novembro de 2010

Culpada é a Culpa

Eu num falo sua língua,
Mas assisto o seu filme,
Meu país vive a mingua,
Mas é Penta o meu time.

Eu matei muita aula
Inda passei na prova,
Num sei escrevê,
Mas faço até trova, qué vê ?

A culpa não é minha,
A culpa não é sua,
Culpada é a culpa,
Culpando a toa.

A culpa é de quem ?
É da culpa também.
Culpada é a culpa,
Culpado num tem.

O fóda num é nem tá na moda,
É fazê cabê uma roupa doada,
Duvido que um ricaço, em sua alta condição,
Tem mais fome do que nóis, na sua refeição.

Vô pará por aqui, essa comparação,
Tô saindo pro almoço comprá 5 filão.
Num sei lê nem escrevê,
Mai esse verso é pra voçê !

Já rodei mais milhas de busão,
Do que um empresário vuou de avião,
Nunca ganhei uma gratificação,
Só uma hérnia de disco e poeira no pulmão.

Mas não reclamo da situação,
É sina de um povo vivê como povão,
Mas esse povo tamém tem coração.

A culpa num é minha,
A culpa num é sua,
Culpada é a culpa,
Culpano a toa.

A culpa é de quem ?
É da culpa também.
Culpada é a culpa,
Culpado num tem.

Vamô fazê de conta,
Que a culpa num é de ninguém,
Culpada é a culpa, culpado num tem.

(Compositor: Michel F.M.) ©

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Raloím

O caldeirão está quente,
A lua está cheia,
No cemitério tem gente,
Sem sangue na veia.

As ruas vazias e frias,
Feias, cobertas de medo.
Janelas e portas fechadas,
Pra noite ainda é cedo.

Sinônimo de mau presságio,
O terror está em estágio,
Esse é o fim. Raloím.

Bala de prata, estaca,
Água benta, magia branca,
Arrebenta com essa chibanca,
A Lápide do zumbi.

Na cripta do condenado,
O cavaleiro foi emparedado.

As letras vão subindo,
O escuro se calou,
A trilha fica alta,
O filme acabou.

Então a luz acende.
Dê ênd.

(Compositor: Michel F.M.)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cruzada Milenar

Farei o convite e insisto em frisar,
Se é que você me permite te elogiar,
Seu semblante é o mais rico irradiar,
Nós te inscrevemos na cruzada milenar.

Transpareceu no seu gesticular,
A intenção de não se acomodar,
Vamos zarpar então, em uma cruzada milenar.

Pela extensão dos hemisférios,
Vamos propor o ativismo,
Nossa instituição não impõe critérios,
O parágrafo único é banir o egoísmo.

Iremos migrar em uma cruzada,
Não há previsão pra nossa chegada,
Não há restrição para sua estada,
Mas a condição é não se acomodar.

Através do milênio iremos cruzar,
A nossa Cruzada Milenar.

Não há comandados ou quem comandar,
Será como o impacto de um meteoro,
Devastador, mas sem machucar,
O grito de paz será: “Eu adoro, a-ju-dar...”

Transpareceu no seu gesticular,
A intenção de não se acomodar,
Vamos zarpar então, em uma cruzada milenar...

(Compositor: Michel F.M.) ©

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não quero vagas

Ele:
Qual é o preço do seu horário ?
Pago em libras a consulta ?
Não quero vagas no seu diário,
Tenho fibra em minha conduta !

Ela:
Leia o letreiro, você foi pra escanteio,
Está fora de campo, seu menino feio.

Ele:
Vou curtir um período antes de me enroscar,
Outro tombo seguido ia me estilhaçar,
Em nossa relação não há mais vaga,
Eu fechei à conta, a pendência foi paga.

Ela:
Posso achar uma vaga bem especial,
Mas terá que esperar o comercial.

Ela:
Sou atarefada, você é desconfiado,
Se eu não achar vaga, não fique chateado.

Ele:
Não sou cismado, aceitei as derrotas,
Estou esgotado, leve suas lorotas.

Ele:
Não quero vagas, está dado o aviso,
A reserva anterior, só me deu prejuízo.
A madrugada é sem compromisso. E eh isso.

(Compositor: Michel F.M.) ©

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O que você precisa é o que precisamos

Precisa Saber que ser sábio é uma disfunção,
A maioria é sabida e sabe o que é bão.
Precisa Ler muito se quiser lembrar a citação,
Se quiser combinar excursão pro país da imaginação.

Precisa Ter uma meta, ter precisão,
Mas como ir em linha reta na escuridão ?
Siga os demais: estudar, trabalhar,
Descansar e ainda ter tempo pra diversão,

Ou, seja um pateta assim como eu,
Que acredita além das metas, nas arestas da inovação.
O que você precisa é o que precisamos,
Se está indeciso nós também estamos.

Precisa Ver muito além da visão,
Ou do cisco que traz confusão,
Pra retina e pra interpretação,
Das imagens que imagina.
Enxergar mais longe que a distração,
Ou a distinção que ainda assim nos fascina.

Precisa Crer que querer é querer
E poder pode ser outra ação,
Pode ser que sim, pode ser que não.
Pode separar ou dar continuação.

Precisa Ser a pergunta, a resposta e a explicação,
Mas tem que ser a aposta, o risco, a tentação.
O que você precisa é o que precisamos,
Se está indecisa nós também estamos.

E nessa indecisão nós precisamos,
Continuar e continuamos.

(Compositor: Michel F.M.)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Há grades e agrados

Estou sonolento de tanto deitar,
Leve os remédios não vou mais tomar,
Me apontam o dedo, me mantenho lívido,
Me chamam de doido, mas agora estou lúcido.

Por todos os lados há grades,
Por todos os lados agrados.
Eu cansei das grades, cansei dos agrados.

Por todos os lados paredes,
Por todos os lados tijolos,
Um peixe enroscado nas redes,
Grãos atirados ao solo.

Me chamam de doido, cansei de fingir,
Agora estou lúcido e penso em fugir.

Fui aprisionado, numa fortaleza,
Envenenado, com toda destreza,
Me reeditaram, me fizeram pirar,

E até me forçaram, sociabilizar,
Não sou sociável, cansei de fingir,
Sou pássaro livre, deixe-me ir.

Por todos os lados há grades,
Por todos os lados agrados.
Eu cansei das grades, cansei dos agrados.

(Compositor: Michel F.M.)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

As pétalas resistiram

As tempestades trouxeram tristeza,
Elas foram tratadas com muita rudeza,
Mas as desigualdades que foram intensas,
Não diminuíram a sua grandeza.

Muitas foram as que não caíram,
Elas são as pétalas que resistiram.

Depois de tantos anos de amores e dores,
Elas estão prontas pro que der e vier,
Nós comemoramos a vitória das flores,
Feliz todo dia da Mulher.

Loiras, morenas, ruivas, castanhas,
Vaidosas, cheirosas, cheias de manhas,
Com cabelo comprido ou sem cabelo,
A per-so-ni-fi-ca-ção do belo.

Grandes, pequenas, variadas medidas,
Dentro ou fora de casa todas bem sucedidas,
Escolhidas por Deus para trazer a ternura,
Constituída por graça e pela plena doçura,
Criatura divina, vinda da divindade,
Jamais se renderia a desigualdade.

Marias, Madalenas, Camilas, Joanas,
Sandras, Laises, Gis, Julianas,
Cynthias, Carlas, Cristinas, Daianas,
Segundas, Caróis, Sofias, Luanas,

Alines, Andréias, Amélias e Anas,
Bias, Brunas, Brendas, Brianas,
Elisângelas, Pâmelas e Tatianas,
Vanessas, Verônicas, Vis , Vivianas,

Kathlyns, Julias, Amandas, Suzanas,
Bárbaras, Letícias, Sebastianas,
Moniques, Jaques, Lilis, Lilianas,
Déboras, Emílias e Marianas,

Quézias, Thainás e Elianas,
Evelyns, Roses, Rosas, Rosanas,
E pra todas as outras flores humanas.

Depois de tantos anos de amores e dores,
Elas estão prontas pro que der e vier,
Nós comemoramos a vitória das flores,
Feliz todo dia da Mulher.

Flores humanas é o que todas são,
E pras flores humanas dedico esta canção.
As pétalas resistiram, as pétalas resistirão.

(Compositor: Michel F.M.) © 2008

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Criticando a Crítica

A melhor arma para quem critica,
É a boa e gasta luva de pelica,
Tem uma variedade de modelos,
O mais eficiente dos apelos.

Mas não é louvável apenas julgar,
Dar o exemplo também é criticar

Por isso eu critico quem me critica,
Nós somos Cri-Crís, Criticando a Crítica.

Termos bonitos e bem intencionados,
Um duplo sentido podem tomar,
Teorias erradas não devem ser praticadas,
Talvez seja melhor fazer antes de falar.

A crítica é apenas um instrumento,
Depois de fazer o que deve ser feito,

Por isso eu critico quem me critica,
Nós somos Cri-Crís, Criticando a Crítica.

E se trocarmos este vasto Cri-Crí,
Por outras dissílabas que caibam aqui,
Tri-lhar, Dri-blar, Cri-ar, Gri-tar:

Yo no puedo criticar, sí yo no soy la crítica,
No hay nada que hablar se usted no practica.

Por isso eu critico quem me critica,
Somos Cri-Crís, Criticando a Crítica.

(Compositor: Michel F.M.) © 2008

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Me demito

Arrumo a bagagem,
Eu estou saindo,
Basta de bobagem,
Estou me demitindo.

Nada me deteve,
Em lugar nenhum,
Não quebrarei agora,
Meu lado incomum.

Não compartilho mais,
Das mesmas idéias,
Vou me reciclar,
Preciso de umas férias.

Tu pega seu orgulho
O seu egocentrismo,
Que eu vou pegar meu terço,
Pra espantar esse sadismo.

Você se arrepende,
Mas eu insisto,
Ninguém me prende,
Eu me demito,

Mudança constante,
Sou um mutante,
Indo adiante,
Coragem e avante.

Andando ou correndo,
Chorando ou sorrindo,
Mantenho a coragem, indo e vindo.
Basta de bobagem, estou me demitindo.

(Compositor: Michel F.M.) © 2008

sábado, 23 de outubro de 2010

Despedida

Foram muitas as ladeiras,
Que enfrentei na minha vida,
Mas nenhuma foi tão íngreme,
Quanto a minha despedida.

Uma história com atalhos,
Uma colcha de retalhos,
Tantos erros falhos,
Sentimentos em frangalhos.
É chegada a hora de me libertar,
Depois de tantos foras eu pude acertar.

Eu te amei minha querida,
Mas isso foi em outra vida,
Preste atenção na minha rima,
Esse é o som da DESPEDIDA.

O desprezo foi incontável,
Vivi uma vida de miserável,
Só desejei um colo amável,
E fui tratado como um imprestável.
Mas a dor foi esquecida,
Porque isso foi em outra vida.

Eu te amei minha querida,
Mas isso foi em outra vida,
Preste atenção na minha rima,
Esse é o som da DESPEDIDA.

Não vai me ver ou ouvir falar,
Só as cartas irão restar,
Para você se recordar,
Da pessoa que um dia,
Te ensinou a amar.

Em alguma noite fria,
Você irá se lamentar,
Quem dera ainda pudesse perguntar,
Porque deixou na despedida
O amor da sua vida escapar ?

Eu te amei minha querida,
Mas isso foi em outra vida,
Preste atenção na minha rima,
Esse é o som da DESPEDIDA.

(Compositor: Michel F.M.)