sexta-feira, 22 de abril de 2011

Escreva Escravo

Vamos pra escola,
Aprender a estudar,
Vem sem demora,
É hora de copiar.

Sala sem porta,
Cadeira sem fundo,
A melhor maneira
De se concentrar.

Estudando ao ar livre,
Em meio à natureza,
Tanto mato em volta,
Cobre até a incerteza.

A dura incerteza
De um futuro melhor.

Quadra interditada,
Biblioteca fechada,
Um sistema de ensino,
Para quem quer fachada.

Uma bela oração é adicionada,
Chama-se progressão continuada,
Os políticos dizem que é bom pra ensinar,
Se Freire visse iria chorar.

Escreva Escravo,
Escravo Escreva.

Professor sem apoio
E sem treinamento,
Não se pode exigir
De quem não tem acalento,
Às vezes sobra estudo,
Às vezes falta talento,
É questão de malícia
Lidar com o momento.

Falta de educação assola o país,
A dedicação é o X da questão,
Deixe que os outros resolvam a situação,
Porém nunca diga que é um cidadão.

Escreva Escravo,
Escravo Escreva.

Vá pular carnaval,
Vá jogar futebol,
Dançar música alegre,
Assistir um besteirol,

Esqueça o que eu disse
Vá ser feliz,
Viva ilusões
Quem não se contra-diz ?

Tudo isso é muito bom,
Necessário pra viver,
Mas não era só isso
Que eu queria ser.

Escreva Escravo,
Escravo Escreva.

Só educação melhora um país,
Só educação transforma um país,
Só educação muda um país,
E faz realmente, com que a gente seja feliz.

(Compositor: Michel F.M.) ©

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fujo pro meu Refúgio

O céu vai desabar,
As colunas sucumbir,
As pessoas vão gritar,
Ninguém irá ouvir.

Essa indiferença
Me faz diferenciar,
Entre a obediência
E a arte de encarar.

Supremacia e omissão,
Regra social,
Não verei a perversão,
Tornar-se natural.

Ali terei que resistir,
Pro meu refúgio irei fugir,
E eu fujo... Fujo pro meu refúgio.

A Fortaleza de tijolos,
Me protege desses tolos,
Que se vendem por papel
E esperam de troco o céu.

No fanatismo aprendi
Mil maneiras de iludir,
Estimular a ignorância,
Contribuir com a ganância.

Mas a trincheira vai nos preservar,
A última ceia não foi num altar.
Contra as mentiras que vão nos contar,
Só o próprio Cristo pra nos salvar.

Peço a proteção do Nosso Senhor,
Porque contra a dor só vence o amor,
E contra a morte que nos caça,
A Virgem Maria nos abraça.

Recorro à crença mais uma vez,
Sem a “igreja” que tanto fez,
Rezando o credo e queimando os bruxos,
Com seus tesouros e tantos luxos,

Diferente farei, nada tenho a oferecer,
Mas no meu refúgio te honrarei,
De alma franca vou combater.

Ali terei que resistir,
Pro meu refúgio irei fugir,
E eu fujo... Fujo pro meu refúgio.

(Compositor: Michel F.M.) ©